quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Esta sexta-feira, na Biblioteca Municipal EMIGRANTE FAFENSE APRESENTA OBRA “A NOITE FATAL DE UM COMUNISTA”

O município de Fafe e a editora Labirinto organizam a sessão de apresentação da obra "A noite fatal de um comunista", da autoria do emigrante João Freitas, a qual decorre na próxima sexta-feira, 20 de Agosto, pelas 21h30, na Biblioteca Municipal.
A apresentação está a cargo do professor Carlos Afonso, autor do prefácio.
"A noite fatal de um comunista" é a biografia romanceada do anti-fascista Joaquim Lemos de Oliveira, o “Repas”, barbeiro de profissão, comunista por opção, porventura o mártir maior da liberdade em Fafe. Nasceu em 21 de Maio de 1908, esteve várias vezes preso por motivos políticos, desde 1936, acusado de actividades subversivas e alegados “crimes contra a Segurança do Estado”, “chavão” que na altura dizia tudo e nada dizia, em relação aos desafectos ao Estado Novo.
Depois de passar por diferentes prisões, o barbeiro comunista terá sido assassinado pela PIDE, no Porto, em 15 de Fevereiro de 1957, quando tinha menos de 50 anos de idade, em condições que permanecem ainda hoje algo nebulosas, embora seguramente bárbaras e criminosas, como eram marca do fascismo perante os seus adversários.
De tudo isso nos fala, num belo texto romanesco, embora com rigor histórico, João Freitas, que nasceu em Antime em 1935 e aqui frequentou a escola primária.
Durante mais de doze anos foi funcionário dos C. T. T, e em 1970 emigrou para Toronto, no Canadá, onde estruturou a sua vida e educou os seus filhos. Neste novo mundo, embrenhado por um rol comprido de várias oportunidades, soube mostrar o brio e a grandeza de um verdadeiro português, que não esquece o berço de onde brotou.
Hoje, já reformado, passa os seus dias entre as duas pátrias que moram no seu peito: Portugal, onde nasceu e o Canadá, o grande país que o acolheu. Desde sempre a escrita fez parte das suas caminhadas. Não admira, por isso, que para além do romance "A noite fatal de um comunista", seja detentor de vários originais. Foi, também, ao longo dos tempos, colaborador dos jornais locais Justiça de Fafe, Correio de Fafe e Povo de Fafe.

Artur Ferreira Coimbra

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