O livro Rosa Intacta, do poeta António Ramos Rosa, editado pela Labirinto, foi o vencedor da primeira edição do Prémio de Poesia do Núcleo de Artes e Letras de Fafe.O Prémio foi instituído como forma de homenagear, promover e divulgar este género maior da literatura portuguesa e destinou-se a galardoar o melhor livro de poesia submetido a concurso e publicado entre 1 de Janeiro de 2006 e 31 de Dezembro de 2007.O Júri integrou o Professor universitário João Amadeu Oliveira Carvalho da Silva, João Ricardo Lopes, em representação da entidade organizadora e Fernando Pinheiro, em representação da Associação Portuguesa de Escritores.Presidiu, em representação do Núcleo de Artes e Letras de Fafe e sem direito a voto, nos termos do regulamento, o presidente da Direcção, Artur Coimbra.Analisadas as setenta e duas obras concorrentes, provenientes quer de Portugal, quer do Brasil, o que foi devidamente relevado, o Júri deliberou, por unanimidade, atribuir o Prémio à obra Rosa Intacta, de António Ramos Rosa, “considerando tratar-se de uma poesia cheia de beleza, marcada por um erotismo depurado e maduro, onde se evidencia uma mestria com que o poeta trabalha o corpo e a nudez feminina, através de uma reconstrução incessante da perfeição dos seus modelos”.A entrega do prémio, no valor de 2 000 euros, será feita em data a designar oportunamente. António Ramos Rosa é um dos poetas mais importantes da nossa contemporaneidade. Nascido em Faro, a 17 de Outubro de 1924, a partir de 1962 instalou-se em Lisboa, vivendo exclusivamente da literatura, opção que levou Bernard Noël a considerá-lo o “Francisco de Assis da poesia”. Poeta reconhecido, traduzido e premiado internacionalmente, recebeu já inúmeras distinções, como o Prémio do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários (1980), o Prémio PEN Club (1980), o Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores (1989), o Prémio Pessoa (1988), o Prémio da Bienal de Poesia de Liège (1991), o galardão Poeta Europeu da Década, atribuído pelo Collège de LEurope (1991), o Prémio Jean Malrieu (1992), entre outros. É condecorado como Grande Oficial da Ordem de Santiago da Espada em 1984 e com a Ordem do Infante D. Henrique em 1997. Em 1999, sob a égide das comemorações dos seus setenta e cinco anos, foi anunciada a criação em Faro da Casa da Poesia António Ramos Rosa. A 17 de Outubro de 2003 foi agraciado com um Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Faro. Criador incansável e genial, autor de obras únicas desde O Grito Claro, o seu primeiro livro em 1958, escreveu mais de oitenta livros de poesia, para além de uma impressionante participação no domínio do ensaio e da tradução.
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Monodrama, Carlito Azevedo, Cotovia
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Um comentário:
Parabéns a António Ramos Rosa e saudações à editora Labirinto pela entrega à Palavra.
Gisela Ramos Rosa
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