No passado dia quatro de Abril, pelas vinte e uma horas, o professor José Augusto Gonçalves, sob a chancela da editora Labirinto, lançou o seu terceiro livro, intitulado: PAIXÃO PELA VIDA I: A Inteligência. Esse evento decorreu no Auditório da Casa da Cultura – que estava lotado, de familiares, amigos, alunos e colegas de profissão.
Para além do professor José Augusto Gonçalves, a mesa foi constituída pelo Presidente da Editora Labirinto, João Artur Pinto e pelo Director da Casa da Cultura, doutor Artur Coimbra.
João Artur Pinto, para além de tecer alguns comentários, com a propósito, acerca deste autor e respectivo (novo) livro, aproveitou para enfatizar, e bem, os elevados contributos que esta editora tem vindo a proporcionar aos leitores, através das múltiplas e diversificadas publicações que tem levado a efeito.
O doutor Artur Coimbra, de forma entusiástica e muito sentida, apresentou o autor - quer enquanto escritor, quer enquanto professor, quer mesmo enquanto pessoa, de quem é amigo (como fez questão de enfatizar) há já longa data (desde a adolescência).
Sem demasiadas delongas em torno das temáticas do referido livro, este autor quer, acima de tudo, realçar que a questão da inteligência o tem vindo a ocupar e a preocupar, dado que, a este respeito, em seu entender, demasiados equívocos, senão mesmo falsidades, se têm vindo a escrever e até, quiçá, a ensinar. Desta forma, José Augusto Gonçalves, apesar de não olvidar que o terreno da problemática da inteligência é subjectivo, movediço, periclitante e até matreiro, e não esquecendo também que não se quer arvorar em inexpugnável perito neste assunto, pretende, a respeito do mesmo, "dar uma autêntica pedrada no charco", no que tange às questões da inteligência humana.
Este autor, entre muitas outras divagações, análises, reflexões, intuições, deduções e induções, pretendeu, neste livro, tentar dissecar (nunca de forma absoluta, radical e definitiva...) as duas questões seguintes:
Primeira questão: por que razão (ou razões...) poderemos sustentar - ainda que sem confirmação radical e definitiva - que a hereditariedade conta tanto ou mais do que o meio social, no que se reporta aos factores da inteligência?...
Segunda questão: pressupondo-se - ou até, por hipótese, confirmando-se - que uns, sem dúvida alguma (desde logo, sob o ponto de vista hereditário...), são mais inteligentes do que outros, haverá, mesmo assim, motivos plausíveis, razoáveis, sustentáveis e eivados de devastadora racionalidade para daí se deduzir que esses – os (ditos) mais aptos – podem (e devem) submeter ao seu domínio os (considerados) menos providos pela mãe natureza?!...
Por intermédio da leitura deste livro, este autor coloca, assim, nas mãos do leitor autênticos tiços a arder... Não que ele queira que o leitor se aflija, se perturbe, se queime. Sua intenção primordial é, bem ao invés, aquecer as noites frias que perpassam as florestas das nossas vidas...
Aproveitamos, a propósito, para referir alguns aspectos da biografia do professor José Augusto Gonçalves:
Licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto e Mestre em Educação (na Área de "História da Educação e da Pedagogia") pela Universidade do Minho, é actualmente Professor do Quadro de Nomeação Definitiva da Escola Secundária de Fafe.
A sua actividade docente tem incluído, nestes últimos anos, a leccionação das disciplinas de "Filosofia" (10º e 11º anos); "Psicologia" (12º ano - diurno); "Filosofia" (Ensino Recorrente - curso nocturno); e "Psicologia e Filosofia" (desde o ano lectivo de 2006/2007 – uma disciplina nova na Escola Secundária de Fafe).
No capítulo da investigação, os seus principais centros de interesse residem nas temáticas relacionadas com Filosofia, Psicologia e Educação. A respeito desta última, destaque-se o seguinte:
Mestrado em Educação, na Universidade do Minho (concluído em 19/12/01), cujo tema da Dissertação foi intitulado: Para uma Escola Cidadã. Contributos da Obra de António Sérgio. Iniciou a elaboração de uma Tese de Doutoramento, acerca do seguinte tema: A Educação Cívica na Obra de António Sérgio. Para além desta, já lançou duas obras: Escola e Cidadania. Contributos para Repensar o Sistema de Ensino em Portugal (em parceria com o seu orientador do Mestrado, Doutor Manuel Barbosa, docente da Universidade do Minho); e A Educação Cívica Segundo António Sérgio: Sua Actualidade (somente da sua autoria). Publicou um (longo) artigo na Revista de Estudos Cooperativos (do Instituto António Sérgio - Sector Cooperativo), subordinado ao título (o mesmo da segunda obra referida): A Educação Cívica Segundo António Sérgio: Sua Actualidade. Tem também colaborado em alguns jornais, como por exemplo no Diário do Minho, onde já publicou (e durante oito quartas-feiras seguidas, em fascículos) um longo artigo acerca da concepção de educação cívica segundo António Sérgio – temática que, sobretudo desde o início da sua elaboração da Dissertação de Mestrado, muito o tem apaixonado.
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