No passado dia 14, teve lugar na Biblioteca Municipal de Fafe o lançamento do livro de poesia As Flores do Caos, de Ildásio Tavares. A obra, editada pela Editora Labirinto (de Fafe) foi igualmente apresentada em Lisboa, dois dias depois, na Livraria Pó dos Livros. A apresentação (nas duas cidades) coube ao escritor amarantino António José Queirós.
Nascido na Fazenda São Carlos, hoje cidade de Gongogi, a 25 de Janeiro de 1940, e residente em Itapuã, Bahia, Ildásio Tavares é um dos grandes nomes da literatura do Brasil. Pertence à chamada geração da Revista da Bahia. É formando em Direito e em Letras pela Universidade da Bahia, com mestrado feito na Southern Illinois University (EUA), doutoramento na Universidade Federal do Rio de Janeiro e pós-doutoramento na Universidade de Lisboa. A sua vasta obra literária já lhe valeu alguns dos principais prémios brasileiros.
Com raízes em Ponte de Lima (donde era natural um seu avô) foi, curiosamente, a Câmara de Fafe a patrocinar esta belíssima edição de 68 sonetos (género literário que Ildásio Tavares domina com rara mestria). Ainda bem que essa autarquia o fez, já que, com esse gesto, propiciou a vinda a Fafe de um extraordinário comunicador. De facto, quem teve o privilégio de ouvir Ildásio Tavares seguramente guardará uma indelével recordação dessa noite “mágica”. Momentos como o que aconteceu na noite do dia 14 são cada vez mais raros. Como disse um dos presentes, foi “uma lufada de ar fresco”, um parêntesis nos dias tristes, cinzentos e pessimistas que se vivem em Portugal. Saravá, Ildásio! Saravá, Brasil!
João Artur Pinto
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