Victor Oliveira Mateus apresentou há dias o seu mais recente trabalho em poesia: «A irresistível voz de Ionatos». Ando a lê-lo pelos mais impróprios cantos do mundo, onde vou arranjando tempo, procurando esse tempo como os cães procuram os ossos que esconderam nos jardins, com a mesma ânsia e, no caso, com o mesmíssimo prazer.
Este livro tem sido uma surpresa estupenda. Ando a vivê-lo com o vagar aconselhável às melhores obras. Ando a demorar-me em cada poema e a caminhar sobre ele, porque o Victor traz na sua poesia narrativas que são literatura com vida por dentro e também convites a que com ela se viva, a que o leitor frua e seja ele mesmo nas ilhas, nas manhãs, na dança e nas ausências.
Confesso-me em plena fase de paixão por este livro. Há muito que não me vinha parar às mãos um texto assim. E ainda por cima do Victor Oliveira Mateus, meu tão querido tradutor e Homem de invulgar generosidade e entrega à literatura.
Ando com um livro a fazer-me feliz e a melhorar substancialmente os meus dias, tão questionáveis na sua gestão e no que deles possa sobrar. E isso é muito para um livro. Quando falo de literatura aos mais novos alerto-os sempre para o facto de, em primeiro lugar, a literatura poder servir-lhes a felicidade, se for genuina, se for verdadeira, se tiver génio. E esta voz irresistível da poesia do Victor tem isso tudo. Há muito que não visitava uma poesia com tanta acção no seu interior, com tanta história e, sendo história, com tanta poética dentro.
Deixo a este livro e ao seu poeta, um último comentário em forma de poema:
Não tenho passos que cheguem, hoje.
Por isso vou nos teus pés caminhar pela ilha
e nos teus olhos dar testemunho
do coração que, por ali,
fizeste chegar à mais última das manhãs,
depois de ter sido perfeito o mundo,
depois de a teres abandonado
para que se não deteriorasse
quando fosse memória.
Posted by Pompeu Miguel Martins, in http://maquinaroyal.blogspot.com/
Este livro tem sido uma surpresa estupenda. Ando a vivê-lo com o vagar aconselhável às melhores obras. Ando a demorar-me em cada poema e a caminhar sobre ele, porque o Victor traz na sua poesia narrativas que são literatura com vida por dentro e também convites a que com ela se viva, a que o leitor frua e seja ele mesmo nas ilhas, nas manhãs, na dança e nas ausências.
Confesso-me em plena fase de paixão por este livro. Há muito que não me vinha parar às mãos um texto assim. E ainda por cima do Victor Oliveira Mateus, meu tão querido tradutor e Homem de invulgar generosidade e entrega à literatura.
Ando com um livro a fazer-me feliz e a melhorar substancialmente os meus dias, tão questionáveis na sua gestão e no que deles possa sobrar. E isso é muito para um livro. Quando falo de literatura aos mais novos alerto-os sempre para o facto de, em primeiro lugar, a literatura poder servir-lhes a felicidade, se for genuina, se for verdadeira, se tiver génio. E esta voz irresistível da poesia do Victor tem isso tudo. Há muito que não visitava uma poesia com tanta acção no seu interior, com tanta história e, sendo história, com tanta poética dentro.
Deixo a este livro e ao seu poeta, um último comentário em forma de poema:
Não tenho passos que cheguem, hoje.
Por isso vou nos teus pés caminhar pela ilha
e nos teus olhos dar testemunho
do coração que, por ali,
fizeste chegar à mais última das manhãs,
depois de ter sido perfeito o mundo,
depois de a teres abandonado
para que se não deteriorasse
quando fosse memória.
Posted by Pompeu Miguel Martins, in http://maquinaroyal.blogspot.com/
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